segunda-feira, 1 de março de 2010

Lodo


O castigo sobre o corpo
Saudando os mortos de sangue quente
Puxando os julgados à derrota

O comodismo humano se farta num banquete de indiferença e a ação morre atrofiada.
A carne sem alma como castigo

A passividade não se incomoda com seu estado mórbido sujeitado ao caráter austero da realidade, nem mesmo quando o meio cospe em sua cara seus próprios demônios.

Brindemos ao lodo que afunda a relva da natureza humana até o caule
Fazendo o âmago ceder ao triunfo da morte,
Que às vezes vem fechar os olhos da dor,
Salvando o inseparável sofrimento do seu manto apático.