E no suado da andança cabisbaixa
Cansado ia eu na dormida do Sol
Quando uma flor luzente se brilhou
No pedido do que eu tinha falta
Luana de terra outra também é
Uma flor sonhante campestre
Desterrada na lonjura de casa
Sofrendo uma dor solitária
Desta flor iluminei-me por tempo pouco
Até sua ida que se fez em sumir
Em frente a cruz da morada de Deus
Virei-me então a partir,
A sorrir
João da Terra Outra
quinta-feira, 10 de junho de 2010
O gosto do sangue
Eis o fim da revolução
Somos índios pelados dançando na chuva
que apaga os últimos vestígios de fumaça
O gosto do sangue simboliza a vitória
De quem pode sorrir ao ver as pedras
que encobrem as flores
De quem pode sorrir ao ver as pedras
que encobrem as flores
O cisne olha indiferente a reunião dos abutres
Em volta do corpo inerte
(de quem não mais lhe servirá migalhas)
Em volta do corpo inerte
(de quem não mais lhe servirá migalhas)
Eis o início da revolução
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